data-filename="retriever" style="width: 100%;">Essa semana Santa Maria completou 163 anos. Fotos, lembranças e muitas homenagens percorreram diferentes espaços midiáticos. Nós, que fomos tão bem adotadas pelo coração do Rio Grande, ficamos emocionadas, recordando momentos especiais que aqui vivemos. Orgulho de uma cidade que pulsa com alegria, solidariedade e amorosidade com os que aqui chegam em busca de um futuro com novas oportunidades.
O 17 de maio também é o Dia Internacional contra a homofobia. Podemos dizer, inclusive, que esse é o dia de luta contra a homofobia, transfobia e bifobia. Essa data visa conscientizar a população sobre a luta contra a discriminação dos homossexuais, transexuais e transgêneros. Continuamos debatendo para desconstruir esse ódio e repulsa, buscando uma sociedade que respeite as pessoas, independentemente de sua orientação sexual.
Esse dia ficou estabelecido em memória à data em que o termo "homossexualismo" passou a ser desconsiderado, e a homossexualidade foi excluída da Classificação Estatística Internacional de Doenças e Problemas Relacionados com a Saúde (CID) da Organização Mundial da Saúde (OMS), em 17 de maio de 1990. Faz 31 anos que foi confirmado que não é doença e, portanto, não tem cura. Entretanto, para sua LGBTfobia tem tratamento. Procure informações, converse respeitosamente sobre o assunto, estude, assista a filmes que abordam a temática de maneira delicada e sensível (dicas de filmes no final desse texto). Enfim, não podemos mais aceitar que o nosso país permaneça nos primeiros lugares em números de assassinatos e violência contra pessoas LGBTI+.
Quando penso nos tantos casos de agressões e assassinatos praticados com essa população em nossa cidade, me questiono: Santa Maria abriga realmente todos e todas? Quais são as estratégias de proteção para pessoas que apresentam alguma diversidade de gênero? Como os pais e mães da população LGBTI+ conseguem apoio e orientação para enfrentarem e desconstruírem preconceitos já ultrapassados?
Pesquisa da Fundação Getúlio Vargas apontou que 73% dos estudantes LGBT já vivenciaram agressões verbais e com isso, obviamente, diminuíram seu rendimento escolar. Quando pensamos que Santa Maria é uma cidade para a qual as pessoas recorrem, geralmente, com a finalidade de frequentar os inúmeros estabelecimentos educacionais, fica a indagação: como estamos lidando com as questões que envolvem LGBTI+?
Percebemos que o assunto vem ganhando importância, tanto no meio acadêmico, na política e pela sociedade em geral. Porém, estamos longe de uma realidade aceitável. Relatos de bullying nas escolas, rejeições familiares e em outros espaços são uma constante em nosso meio.
Precisamos falar sobre LGBTfobia. Ficam aqui dicas de filmes para provocarmos uma conversa saudável e lutarmos por um futuro melhor para toda a nossa população: Orações para Bobby, Meninos não choram, Hoje eu quero voltar sozinho, Garota Dinamarquesa, O jogo da imitação, Milk, Tomboy, Orgulho e esperança. São apenas alguns dos filmes que abordam o conteúdo de forma sensível. Pegue a sua pipoca, se acomode no sofá e reflita. Vamos construir um mundo mais justo e menos preconceituoso.
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Como sorrir diante de tantas tristezas?